Importância da mastite na produção leiteira do país

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Elizabeth Oliveira da Costa

Resumo

A mastite, inflamação da glândula mamária, determina perdas econômicas decorrentes da redução na produção de leite, gastos com medicamentos e assistência veterinária, descarte de leite contaminado após tratamento e descarte de animais. A etiologia da mastite é bastante diversificada, sendo que os casos de importância econômica são causados por microrganismos. Os principais agentes etiológicos foram agrupados quanto à sua origem e modo de transmissão em microrganismos contagiosos (Streptococcus agalactiae, Staphylococcus sp, e Corynebacterium bovis) transmitidos principalmente durante a ordenha e microrganismos ambientais (Streptococcus uberis, Enterobacteriaceae,fungos, algas do gênero Prototheca, etc.). A mastite clínica caracteriza-se por alterações visíveis da glândula e/ou do leite. A mastite subclínica se caracteriza pela diminuição da produção leiteira sem que sejam observados sinais de processo inflamatório. Os programas de controle de mastite tem como objetivo a limitação da prevalência da mastite a níveis economicamente aceitáveis dentro das circunstâncias particulares a cada propriedade. O programa baseia-se em quatro aspectos: fonte de infecção - diagnóstico, tratamento ou descarte; susceptível - nutrição, seleção de animais mais resistentes e higiene de ordenha; vias de transmissão - higiene de ordenha e meio ambiente; conscientização do problema aos produtores devido às perdas econômicas e educação sanitária dos tratadores e ordenhadores. O prejuízo por mastite estimado em propriedades brasileiras foi da ordem de $ 332dolares/vaca/ano, sendo superior ao observado em outros países (nos EUA, por exemplo, a média é de $ 200 dólares/vaca/ano).

Detalhes do artigo

Seção

GRANDES ANIMAIS - BOVINOS

Como Citar

Importância da mastite na produção leiteira do país. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 3–9, 1998. DOI: 10.36440/recmvz.v1i1.3381. Disponível em: https://www.revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/3381. Acesso em: 5 dez. 2025.