Avaliação do método de ensino da técnica cirúrgica utilizando cadáveres quimicamente preservados

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Rosane Maria Guimarães da Silva
Julia Maria Matera
Antônio Augusto Coppi Maciel Ribeiro

Resumo

Objetivo: Avaliar o treinamento cirúrgico em cadáveres quimicamente preservados oferecido pelas Disciplinas de Técnica Cirúrgica e de Ortopedia, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP), São Paulo, SP, como método alternativo ao uso de animais vivos em aulas. Material e Método: Utilizou-se a Solução de Larssen modificada, que preserva as características dos animais como cor, consistência e textura dos tecidos e flexibilidade das articulações o mais semelhante possível às encontradas no animal vivo. Os cadáveres com peso corpóreo entre 1 e 25 kg, com sexo e raças variáveis, foram higienizados e receberam uma lavagem do circuito vascular com solução fisiológica aquecida e uma segunda lavagem com Solução de Larssen modificada num volume correspondente a 5% do peso corpóreo do cadáver. Em uma segunda etapa, procedeu-se à injeção do fixador, cujo volume correspondeu a 10% do peso do cadáver. Após a fixação, os cadáveres foram criopreservados em câmara frigorífica com temperaturas de -20°C a -16°C. A aceitação do uso de cadáveres como método de ensino foi avaliada por meio de questionário de pesquisa de opinião distribuído aos alunos que cursaram a disciplina de Técnica Cirúrgica nos anos de 200 I, 2002 e 2003. Resultados e Conclusões: Pelas respostas ao questionário foi possível concluir que o método de ensino descrito é bem aceito pelos alunos. O uso de cadáveres quimicamente preservados com Solução de Larssen modificada permite treinamento intenso e adequado das técnicas cirúrgicas realizadas durante a disciplina. Tal prática possibilita a utilização dos cadáveres, várias vezes, diminuindo assim o número de animais necessários para as aulas.

Detalhes do artigo

Seção

MORFOLOGIA ANIMAL E COMPARADA

Como Citar

Avaliação do método de ensino da técnica cirúrgica utilizando cadáveres quimicamente preservados. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, [S. l.], v. 6, n. 1/3, p. 95–102, 2003. DOI: 10.36440/recmvz.v6i1/3.3263. Disponível em: https://www.revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/3263. Acesso em: 5 dez. 2025.