Características termorreguladoras de matrizes suínas em diferentes ordens de parto em clima tropical

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Paula Borges Vieira
Douglas Borges Santos
Mara Regina Bueno de Mattos Nascimento
Robson Carlos Antunes
Soraia Rage Rezende
Natascha Almeida Marques da Silva

Resumo

Foram avaliadas as características termorreguladoras de matrizes suínas em
diferentes ordens de parto. Este estudo foi realizado em Uberlândia, MG. Foram
coletadas temperaturas retais (TR), da pele (TP) e frequência respiratória (FR)
de 98 matrizes da genética Penarlan: leitoas, primíparas, 2º a 6º parto e 7º a 11º
parto. A TR (termômetro clínico digital) e a TP (termômetro de infravermelho
na paleta, lombo e pernil) foram medidas de 8:30 às 10:30 horas. A FR foi
quantificada às 14:00 horas horário em que os animais permaneciam deitados,
em repouso. Para FR foi utilizada a análise de variância e para TR e TP, análise
não paramétrica. As médias de TR foram comparadas pelos testes de Kruskal-
Wallis. As análises foram efetuadas com os programas SAS e INSTAT. O valor
médio da FR não diferiu entre as ordens de parto (47,27±18,69; 40,25±18,44;
42,85±17,05 e 39,63±19,50, em mov/min, respectivamente, em nulíparas,
primíparas, 2ª a 6ª ordem de lactação e 7ª a 11ª ordem de lactação). A TR das
matrizes de 7ª a 11ª ordem de parto (37,64±0,40) foi inferior às demais ordens
de parto (38,21±0,32; 38,15±0,37 e 38,15±0,38, respectivamente, nulíparas,
primíparas, 2ª a 6ª ordem de lactação). Isso provavelmente ocorreu porque
esses animais são mais velhos, portanto têm um metabolismo mais lento que os
demais. Além disso, as matrizes nesta faixa etária permanecem por mais tempo
deitadas e são, consequentemente, menos agitadas. As médias de TR de todos
os grupos de ordem de parto apresentaram-se abaixo da descrita por Sousa
(2004). Uma possível explicação seria também a hora do dia. No presente
trabalho, os dados foram coletados pela manhã, portanto, com metabolismo
ainda desacelerado. Martins et al. (2008) também verificaram que a TR
apresenta-se mais baixa pela manhã que a tarde e esta diferença também se
acentua para animais acima de 5ª ordem de parto. Quanto à TP, não foram
encontradas diferenças entre ordens de parto (30,41±2,18; 31,54±1,56; 31,43±1,70 e 30,99± 1,56, em ºC, respectivamente, em nulíparas, primíparas, 2ª a 6ª ordem de lactação e 7ª a 11ª ordem de lactação). A FR e a TP de matrizes suínas são semelhantes entre as diferentes ordens de parto, porém animais mais velhos apresentam menores valores de TR. O encontro de maior FR e TR dentro da normalidade indica que as matrizes suínas conseguem obter equilíbrio entre produção e dissipação de calor, independente da ordem de parto.

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Como Citar
Borges VieiraP.; Borges SantosD.; Regina Bueno de Mattos NascimentoM.; Carlos AntunesR.; Rage RezendeS.; Almeida Marques da SilvaN. Características termorreguladoras de matrizes suínas em diferentes ordens de parto em clima tropical. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 12, n. 1, p. 64-64, 24 out. 2014.
Seção
RESUMOS CONBRAVET