Avaliação do risco de intoxicação humana por Zn, Cu, Mn, Fe pelo consumo de mexilhões de cultivo comercial no estado do Rio de Janeiro

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A. S. Lino
P. M. A. Galvão
R. T. L. Longo
J. P. M. Torres
R. O. Meire
A. C. Pizzochero
D. Botaro
O. Malm

Resumo

Os efluentes domésticos, de indústrias ou de minerações são as principais fontes de metais pesados para os ecossistemas aquáticos, estando principalmente associados ao material particulado em suspensão. Os moluscos bivalves, por serem sedentários e apresentarem hábito alimentar filtrador, se mostram como um bom biomonitor, podendo acumular metais em seus tecidos. A maricultura de mexilhões é o cultivo desses organismos nos seus hábitats naturais, geralmente com objetivos comerciais vem crescendo a uma taxa muito elevada. O consumo humano de bivalves com concentrações de metais acima do limite determinado pela World and Health Organization (WHO) pode causar danos à saúde pública. Zinco (Zn), Cobre (Cu), Manganês (Mn) e Ferro (Fe), apesar de desempenharem funções biológicas, quando ingeridos em altas concentrações, causam sérios riscos à biota e ao homem, podendo, em certos casos, provocar a morte. No Estado do Rio de Janeiro (RJ), o mexilhão Perna perna L. é cultivado na Baía de Sepetiba (BS), Baía de Ilha Grande (BIG), Baía de Guanabara (BG) e Arraial do Cabo (AC), possibilitando, assim, um estudo de monitoração que abrange diferentes regiões do RJ. Com o objetivo de verificar se os mexilhões P. perna L. cultivados na BS, AC, BG e BIG estavam com concentrações de Zn, Cu, Mn e Fe abaixo do máximo permitido pela WHO para o consumo humano, foram coletados os bivalves dos locais citados acima no final das estações de verão e inverno de 2009. Os metais foram extraídos do tecido dos bivalves adicionando-se uma mistura ácida de HNO3 + HCl (3:1) e as concentrações determinadas por espectrometria de absorção atômica por chama (AA240FS-Varian) sendo expressas em função do peso úmido (ug/g). Junto ao procedimento de extração e determinação da concentração dos metais nas amostras foi concomitantemente utilizado material certificado de referência (NIST-2976) para fins de controle de qualidade. As concentrações de Zn, Cu, Mn e Fe verificadas nos mexilhões estavam abaixo do limite de ingestão determinado pela WHO (Zn = 300 μg/kg/dia; Cu = 10 μg/kg/dia; Mn = 60 μg/kg/dia e Fe = 800 μg/kg/dia). Assumindo-se as maiores concentrações de metais encontradas nos mexilhões e considerando-se a massa úmida deles igual a 6g, as cargas encontradas foram: Zn = 83 μg; Cu = 2 μg; Mn = 41 μg e Fe = 768 μg. Portanto, uma pessoa de 70 kg poderia consumir até 72 mexilhões por dia sem riscos, considerando-se apenas a contaminação por esses metais. 

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Como Citar
LinoA. S.; GalvãoP. M. A.; LongoR. T. L.; TorresJ. P. M.; MeireR. O.; PizzocheroA. C.; BotaroD.; MalmO. Avaliação do risco de intoxicação humana por Zn, Cu, Mn, Fe pelo consumo de mexilhões de cultivo comercial no estado do Rio de Janeiro. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 9, n. 3, p. 62-62, 11.
Seção
RESUMOS ENDESA