Osteomielite secundária à pododermatite ulcerativa em coelho: Relato de caso

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C. A. Pessoa
M. A. Rodrigues
R. F. Prazeres
R. S. Fecchio

Resumo

A pododermatite ulcerativa em coelhos é uma afecção de pele crônica e granulomatosa, caracterizada pelo aparecimento de ferida na região plantar ou palmar dos membros. A infecção pode se propagar e atingir tecidos adjacentes, ocasionando osteomielite e septicemia. Um coelho macho, com cerca de um ano e quatro meses, pesando 2 kg foi encaminhado a uma clínica veterinária particular em São Paulo (SP) com histórico de aumento de volume progressivo dos membros torácicos e hiporexia há cerca de três semanas. O proprietário relata que o animal estava realizando o tratamento com um colega, porém, sem melhora do quadro. O tratamento estipulado consistia de enrofloxacina 2,5%, subcutânea, na dose de 5 mg/kg, uma vez ao dia durante sete dias. Durante o exame clínico, observou-se alopecia abdominal e nas faces ventrais dos membros, hipótricos, edema e lesões ulcerativas de membros torácicos, claudicação, dor à palpação e perda da mobilidade articular. O exame radiográfico do membro torácico direito revelou a presença de exuberante reação osteolítica. Optou-se pela imobilização do membro acometido para estabilização da região lítica articular, diminuindo o processo inflamatório e doloroso, contribuindo para uma melhor resposta terapêutica. Como tratamento medicamentoso, foram utilizados enrofloxacino a 2,5%, via oral na dose de 10 mg/Kg, a cada 12 horas durante 30 dias e meloxicam a 0,2%, via oral na dose de 0,1 mg/Kg, a cada 24 horas durante dez dias. Nas lesões ulcerativas, foi prescrita compressa fria durante 15 minutos e limpeza da região com clorexidine a 2%, a cada oito horas. Após 30 dias, optou-se pela mudança do tratamento, adicionando penicilina G benzatina via subcutânea, na dose de 80.000 UI/kg, uma vez por semana, mantendo-se o enrofloxacino na dose previamente descrita por mais 30 dias. No retorno, o paciente apresentava um quadro de estabilidade clínica ortopédica e repilamento cutâneo. Optou-se, então, pela troca da terapêutica antibiótica, iniciando-se tratamento com ceftiofur sódico via subcutânea, na dose de 2,2 mg/kg, uma vez ao dia, durante 40 dias. A imobilização com Vetrap® foi substituída pela Vetlight®, na qual se pode realizar o uso tópico de fina camada de açúcar cristal com mel nas lesões, a cada oito horas até total cicatrização. Após 40 dias do novo protocolo medicamentoso, o animal apresentava-se em excelente estado e totalmente recuperado. 

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Como Citar
PessoaC. A.; RodriguesM. A.; PrazeresR. F.; FecchioR. S. Osteomielite secundária à pododermatite ulcerativa em coelho: Relato de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 9, n. 2, p. 43-44, 11.
Seção
RESUMOS CONPAVET