Estudo comparativo entre o uso de fio de poliamida x fio de poliéster intra-articular para o tratamento de ruptura do ligamento cruzado cranial em cães

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T. C. Prada
V. S. Coelho
M. M. Araujo
L. S. Carandina
D. S. Hato
N. A. Zanco
A. S. Coutinho
A. V. Moreno

Resumo

A Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr) é uma doença rotineiramente atendida na clínica médica de pequenos animais. Nos cães, pode ser decorrente de traumas, obesidade, fatores genéticos e osteoartrite (OA) primária. Todos os casos apresentam instabilidade articular e, quando não operados, podem evoluir para OA secundária e perda funcional do membro. O objetivo do trabalho foi comparar os resultados da técnica intra-articular utilizando fio de poliamida e fio de poliéster fixado ao grampo de aço para a estabilização da articulação do joelho após a RLCCr. Utilizamos a casuística de 12 cães com RLCCr, com diferentes pesos, sexos e raças, com movimento de gaveta cranial positivo. Esses animais foram aleatoriamente divididos em dois grupos com a mesma quantidade de animais. A técnica é precedida de artrotomia com a realização de um túnel cirúrgico, por meio do uso de uma broca, originando-se na fossa intercondilar em sentido ao epicôndilo lateral do fêmur. Posteriormente, utilizamos um grampo (botão) de aço 316L para estabilização do fio de poliamida ou poliéster no túnel, seguido da realização de outro túnel, só que agora na crista da tíbia, que servirá para a passagem do fio e estabilização articular, finalizando com a junção das pontas por um nó cego, seguido da avaliação clínica da estabilidade gerada pelos implantes através do método de pressão de apoio mensurado com esfingnomanômetro. Verificamos que ambas as técnicas não apresentaram reações aos fios. Os animais que não apresentaram complicações no pós-cirúrgico retornaram ao apoio normal do membro em média após 12 dias. Mas no grupo que foi submetido à técnica com nylon, dois animais (33%) apresentaram complicações. Um deles apresentou ruptura do fio, com claudicação severa, e outro, retração do fio, seguido de perda funcional do membro e contratura muscular. Já no outro grupo, no qual utilizamos o fio de poliéster, todos os casos apresentaram boa pressão de apoio e não houve complicações tardias. Assim, podemos concluir que, neste estudo, os melhores resultados foram obtidos com o fio de poliéster, mas é importante considerar que o procedimento deve ser limpo por tratar-se de um fio do tipo multifilamentar e uma articulação que foi explorada via artrotomia. 

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Como Citar
PradaT. C.; CoelhoV. S.; AraujoM. M.; CarandinaL. S.; HatoD. S.; ZancoN. A.; CoutinhoA. S.; MorenoA. V. Estudo comparativo entre o uso de fio de poliamida x fio de poliéster intra-articular para o tratamento de ruptura do ligamento cruzado cranial em cães. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 9, n. 2, p. 35-36, 11.
Seção
RESUMOS CONPAVET