Detecção de erliquiose por meio da PCR em cães atendidos no Hospital Veterinário “Dr. Halim Atique”, São José do Rio Preto-SP

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L. M.M. Leitão
J. B. Bovino
C. H.P. Matheus
K. F. Castro
A. S. Dagnone
C. D.D. De Nardo

Resumo

A erliquiose canina é ocasionada pela Ehrlichia canis, um parasita intracelular obrigatório de células hematopoiéticas, especialmente de monócitos e macrófagos, sendo transmitida pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus1. É uma doença com alta incidência que pode ser detectada na fase aguda em monócitos, podendo não ser encontrada na fase crônica ou subclínica2. Os sinais clínicos dessa enfermidade são inespecíficos. Os achados laboratoriais incluem trombocitopenia, leucopenia, anemia e hipergamaglobulinemia3. O diagnóstico é baseado na associação dos sinais clínicos, hematológicos, achados citológicos e sorológicos e pela reação em cadeia da polimerase (PCR)4. A PCR permite a detecção de todas as sequências de Ehrlichia. sp., porém, durante a fase crônica da doença, há uma menor sensibilidade pela redução do agente na amostra sanguínea3. Uma percentagem importante de cães com pancitopenia é sorologicamente positiva e apresenta PCR negativos em casos crônicos, quando as células estão reduzidas devido ao dano na medula óssea e à presença de E. canis no tecido2. O objetivo do estudo foi avaliar a presença de erliquiose canina em pacientes do Hospital Veterinário “Dr. Halim Atique”, São José do Rio Preto-SP por meio da PCR e avaliar a resposta ao tratamento com doxiciclina em animais com suspeita clínica e hematológica da infecção, mas com resultados negativos na PCR, de janeiro de 2006 a maio de 2010. Foram analisados 307 animais com sinais clínicos e/ou hematológicos sugestivos de erliquiose. Em todos, foi realizado PCR de sangue, verificando-se positividade em 209 (68%). Dentre os cães com PCR negativos, 55 (56%) foram submetidos ao tratamento com doxiciclina dos quais 41 (42%) responderam favoravelmente ao tratamento. Outros 20 cães (20,5%) foram tratados com outros fármacos e 18 (18%) responderam à terapia. Ainda, 23 (23,5%) animais não retornaram para acompanhamento. Conclui-se por meio dos resultados obtidos que há presença de erliquiose na população estudada e que de acordo com a fase da doença o resultado pode ser negativo, apesar da presença da infecção. Verificou-se ainda que alguns animais com sinais e exames hematológicos sugestivos da doença não apresentavam a infecção visto que responderam a outros tratamentos, demonstrando a necessidade de diagnósticos diferenciais mediante PCR negativos. 

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Como Citar
LeitãoL. M.; BovinoJ. B.; MatheusC. H.; CastroK. F.; DagnoneA. S.; De NardoC. D. Detecção de erliquiose por meio da PCR em cães atendidos no Hospital Veterinário “Dr. Halim Atique”, São José do Rio Preto-SP. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 9, n. 2, p. 31-32, 11.
Seção
RESUMOS CONPAVET