Conscientizando os tutores de animais sobre a displasia coxofemoral em cães

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F. F. Stortti
J. M. Nunes
J. N. Cardoso
M. S. Santos
F. M. Andrade

Resumo

Uma parcela do abandono de cães decorre de problemas de saúde inesperados pelos tutores, que geram gastos não previstos e modificações da expectativa de um animal saudável. A displasia coxofemoral (DCF) ocorre devido ao desenvolvimento anormal da articulação coxofemoral e é desencadeada por uma predisposição genética. Os animais acometidos pela DCF apresentam alguns sinais clínicos progressivos e quando eles não recebem o tratamento adequado podem perder a movimentação das patas traseiras. Quando o animal é um cão de guarda, a DCF interfere no desempenho de sua função diária, pois o animal tem a sua locomoção prejudicada. A DCF ocorre com maior frequência em raças de grande porte, sendo que no Brasil o Golden Retriever, o Rottweiler e o Pastor Alemão são as três raças mais acometidas pela doença. No ano de 2013, a população estimada dessas três raças no país era de cerca de 15.000 animais, entre os quais espera-se que no mínimo 20% venha a apresentar a DCF. A maneira de detectar a predisposição genética para DCF em animais aparentemente normais é a avaliação dos resultados de raio X de seus parentes, uma vez que quanto maior for o número de animais acometidos na família, maior será a sua predisposição genética, ainda que o animal ainda não tenha apresentado qualquer sinal clínico. Este tipo de conhecimento deve chegar ao público para que ele possa escolher o melhor canil para a compra. Para tanto, como parte de um projeto de extensão universitária foi criado um website (www.geneticacanina.com), com informações gerais sobre o processo de criação de cães, além de uma sessão na qual o usuário seleciona a raça de interesse, dentre treze disponíveis até o momento. A primeira edição do site conta com informações sobre displasia coxofemoral para o Pastor Alemão, Golden Retriever, Bernese, Rottweiler, Bulldogs francês e inglês, Labrador e Dogue Alemão. Ao entrar na área da raça de interesse e clicar no link sobre a doença, o visitante recebe informações que explicam a etiologia da doença em linguagem popular e auxiliam a avaliação da qualidade do trabalho do criador do futuro filhote a ser comprado. Dados do Google Analytics demonstram que desde sua publicação em dezembro de 2016, o site foi visitado por 317 usuários, dos quais 20,7% retornaram ao site. Dentre os visitantes, 35% foram originados de outros estados do Brasil, o que demonstra a boa capacidade do site para a difundir conhecimento no país. Este tipo de difusão de dados científicos pode contribuir para melhoria da qualidade da cinofilia nacional e para diminuição da prevalência da displasia coxofemoral.

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Como Citar
StorttiF. F.; NunesJ. M.; CardosoJ. N.; SantosM. S.; AndradeF. M. Conscientizando os tutores de animais sobre a displasia coxofemoral em cães. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 15, n. 3, p. 74-75, 1 mar. 2017.
Seção
VIII CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO COLETIVO