Avaliação do grau de bem-estar animal de cães domiciliados no município de Juatuba, estado de Minas Gerais, Brasil, no ano de 2015

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E. M. Silveira
S. C. P. Ferreira e Silva
H. C. Teotoni
L. B. Gomes
A. G. Ribeiro
P. C. F. B. Carvalho
L. F. N. M. Borges
G. M. D. R. Xaulim
P. L. L. Pereira
D. F. M. Soares

Resumo

Bem-estar animal engloba diversos fatores que indicam se o animal está ou não se adaptando no ambiente em que vive. O trabalho avaliou e classificou o grau de bem-estar de uma parcela da população canina do município de Juatuba, Minas Gerais, Brasil, no ano de 2015. Foi realizado um estudo epidemiológico observacional descritivo seccional por meio da aplicação de questionário estruturado, adaptado do protocolo de perícia em bem-estar animal para diagnóstico de maus-tratos contra animais de companhia. As variáveis presentes no questionário foram divididas em quatro grupos de indicadores: nutrição, abrigo/conforto, saúde, e comportamento social. Esses indicadores poderiam ser classificados como: adequado, regular, e inadequado. De acordo com a classificação dos grupos de indicadores, a situação do animal foi enquadrada em um dos cinco graus de bem-estar: muito baixo (três ou mais grupos de indicadores classificados como inadequado), baixo (um ou dois grupos de indicadores inadequados), regular (dois ou mais grupos classificados como regular e o restante como adequado), alto (um grupo de indicador classificado como regular e o os outros como adequado) e muito alto (todos os grupos de indicadores são classificados como adequados). Foram avaliados 991 cães presentes em 492 domicílios. Dos animais avaliados, 15,7% (156/991) apresentaram grau de bem-estar muito alto, 9,3% (93/991) foram considerados como grau alto, 2,4% (24/991) como grau regular, 43,4% (431/991) como grau baixo, 0,3% (3/991) como grau muito baixo e 28,6% (284/991) sem acesso às informações. Dentro do indicador nutricional, 35,32% (350/991) dos animais foram classificados como adequados, 10,39% (103/991) regulares, 25,63% (254/991) inadequados e 28,66% (284/991) não tinham informação. Abrigo/conforto: 67,20% (666/991) classificados como adequados, 8,27% (82/991) regulares, 24,12% (239/991) inadequados e 0,40% (4/991) sem informação. No indicador de saúde foram classificados como adequados 74,77% (741/991) dos animais, 6,26% (62/991) como regulares, 16,65% (165/991) inadequados e 2,32% (23/991) sem informação. E o último indicador, comportamento social, 80,52% (798/991) estavam adequados, 8,07% (80/991) regulares, 7,67% (76/991) inadequados e 3,73% (37/991) sem informação. Grau de bem-estar baixo e muito baixo são inaceitáveis e devem ser descritos como maus-tratos. Já o grau de bem-estar regular é aceitável, porém, medidas de correção devem ser tomadas dentre os grupos de indicadores classificados como regular. Finalmente, os graus de bem-estar alto e muito alto são considerados como as melhores opções para o bem-estar animal. De acordo com os resultados encontrados, a conclusão obtida foi que a maioria dos cães avaliados se encontrava em condições inadequadas, indicando a necessidade de ser promovido o incremento de orientações quanto ao bem-estar animal e sua guarda responsável por parte da população. 

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Como Citar
SilveiraE. M.; Ferreira e SilvaS. C. P.; TeotoniH. C.; GomesL. B.; RibeiroA. G.; CarvalhoP. C. F. B.; BorgesL. F. N. M.; XaulimG. M. D. R.; PereiraP. L. L.; SoaresD. F. M. Avaliação do grau de bem-estar animal de cães domiciliados no município de Juatuba, estado de Minas Gerais, Brasil, no ano de 2015. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 15, n. 1, p. 67-67, 1 jan. 2017.
Seção
VII CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO COLETIVO