Via transcutânea de infecção por Leptospira interrogans em hamsters

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J. D. Souza
A. A. Grassmann
N. L. Conrad
M. M. Silveira
S. R. Félix
A. J. A. Mcbride

Resumo

Os testes de vacinas experimentais contra leptospirose utilizam desafios de animais vacinados pela via intraperitoneal. Essa via artificial não reproduz a entrada natural das bactérias no hospedeiro, que ocorre principalmente pela pele. Proteínas leptospirais importantes para a entrada das bactérias no hospedeiro e potenciais alvos vacinais podem estar sendo subaproveitadas. O objetivo deste trabalho foi estabelecer uma via de infecção por Leptospira em hamsters, que simule a natural. Neste estudo realizamos uma raspagem na face interna de uma das pernas dos hamsters, seguido de desafio pela via transcutânea (VT), expondo-os a uma solução contendo Leptospira interrogans sorovar Copenhageni durante 5 minutos. Foram realizados dois experimentos: 1-Dose letal a 50% dos animais (DL50): 4 hamsters por grupo, cada grupo com concentrações de 109 a 105 leptospiras/ ml; 2-Vacinas: 5 hamsters por grupo, um grupo recebeu bacterina e outro PBS, seguido de desafio pela VT com 109 leptospiras/ml. Ambos experimentos foram realizados em triplicata. No experimento 1 a DL50 foi de 3,16×107 leptospiras/ ml para machos e 1,7×107 leptospiras/ml para fêmeas. No experimento 2 todos os animais imunizados com bacterina sobreviveram ao desafio e todos com PBS desenvolveram leptospirose letal. Assim, essa via é viável em experimentos vacinais, tem repetitividade e simula uma infecção natural, o que poderá contribuir para um melhor entendimento da doença e para o desenvolvimento de vacinas contra leptospirose. 

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Como Citar
SouzaJ. D.; GrassmannA. A.; ConradN. L.; SilveiraM. M.; FélixS. R.; McbrideA. J. A. Via transcutânea de infecção por Leptospira interrogans em hamsters. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 14, n. 2, p. 98-98, 29 ago. 2016.
Seção
CONSENSOS BRASILEIROS EM LEPTOSPIROSE ANIMAL 2015