Metodologia de isolamento de Leptospira spp. a partir de semeadura de urina de suínos colhida no ambiente

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F. J. Silva
C. E. P. Santos
L. A. Mathias

Resumo

O objetivo do trabalho é propor uma metodologia de isolamento de Leptospira spp. a partir de semeadura de urina de suínos colhida no ambiente. Certas espécies oferecem resistência ao procedimento de cistocentese e a colheita direta após a micção espontânea é uma solução viável. Entretanto, os suínos são animais cuja contenção física é trabalhosa e barulhenta. Assim, foram realizadas, em suínos de pequenas propriedades rurais, colheitas de urina de maneira indireta no solo lamacento dos recintos, com auxílio de seringa estéril e descartável. Após a obtenção da urina, foi acoplado um filtro 0,22 μm na ponta da seringa para semeadura nos meios de cultivo. A pesquisa de leptospiras foi efetuada por cultivos de amostras de urina semeadas nos meios de Fletcher e de Ellinghausen - McCullough - Johnson - Harris (EMJH). Os cultivos apresentando crescimento de leptospiras foram encaminhados ao Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA), Buenos Aires, Argentina, e estirpes de leptospiras isoladas foram genotipadas com emprego da técnica de Multiple Locus Variable Number Tandem Repeat Analysis (MLVA). A tipificação empregou os VNTR 4, 7, 9, 10, 19, 23, 31, Lb4 e Lb5, que discriminam estirpes de L. interrogans e L. borgpetersenii. Algumas amostras suspeitas de conterem isolados apresentaram contaminação antes do envio ao INTA e as demais foram consideradas negativas. Mesmo não apresentando êxito, trata-se de uma técnica auxiliar para determinação da infecção por Leptospira spp. em rebanhos que merece ser aprimorada em estudos futuros, a fim de aumentar suas chances de sucesso na obtenção do isolado.

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Como Citar
SilvaF. J.; SantosC. E. P.; MathiasL. A. Metodologia de isolamento de Leptospira spp. a partir de semeadura de urina de suínos colhida no ambiente. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 14, n. 2, p. 97-97, 29 ago. 2016.
Seção
CONSENSOS BRASILEIROS EM LEPTOSPIROSE ANIMAL 2015