Ocorrência de rinite atrófica progressiva em suínos em matadouro frigorífico de Sinop, MT

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A. V. Almeida
J. Q. Sebold
S. C. Gomes
M. A. M. Carmo
B. G. Castro

Resumo

A suinocultura brasileira vem numa escala exponencial de otimização do tempo e do espaço em associação com a modernização tecnológica e profissionalização. Contudo, a preocupação recai sobre aspectos sanitários da produção, visto que a ocorrência de doenças reduz drasticamente a produtividade dos rebanhos. Dentre os aspectos sanitários da produção suinícola, as enfermidades respiratórias ocupam uma posição de destaque. Das principais doenças respiratórias de origem bacteriana que acometem os suínos a Rinite Atrófica Progressiva (RAP) e não Progressiva são duas entidades patológicas com etiologias e cursos diferentes que podem ser confundidas, de acordo com as condições de ambiente e manejo existentes. A infecção pode causar a redução de até 6% no ganho de peso médio diário dos animais. A RAP é uma doença causada pela associação entre Bordetella bronchiseptica e Pasteurella multocida D e A. É uma doença infectocontagiosa do trato respiratório superior, de transmissão direta, principalmente das matrizes para os leitões, com curso crônico, na sua progressão ocorre a deformidade do focinho, atrofia de conchas nasais, desvio do septo nasal e queda no desempenho dos animais. O presente trabalho investigou a ocorrência de rinite atrófica em suínos de propriedades do Estado de Mato Grosso, Brasil, realizando o acompanhamento do abate de um matadouro frigorífico de suínos no município de Sinop no período de março a abril de 2015. Os procedimentos realizados pelos técnicos de inspeção como de rotina seguiam a legislação vigente. Inicialmente era realizada a secção transversal do focinho entre o primeiro e segundo dentes pré-molares com observação macroscópica dos cornetos nasais. Foi determinada a frequência de animais com lesões características da enfermidade nas suas quatro graduações, tanto para os animais de terminação quanto para as matrizes, e efetuado o cálculo do Índice de Rinite Atrófica Progressiva (IRAP). Das 38 propriedades incluídas no trabalho, foram examinados 3.332 animais incluindo 360 matrizes e 2.972 animais de terminação. Destes, 66,11% e 90,37% das matrizes e dos animais de terminação, respectivamente, apresentaram lesões características de rinite atrófica suína. Em relação à graduação de lesões, as matrizes apresentaram 49,52% de lesões Grau 1, 14,697% de Grau 2 e 1,818% de Grau 3. Os animais de terminação apresentaram taxas similares, 51,11% de Grau 1, 35,185% de Grau 2 e 4,074% de Grau 3. Em relação ao IRAP, foi verificada uma taxa de 0,890 e 1,377 para as propriedades que enviaram matrizes e animais de terminação para o abate, respectivamente. Esses índices sugerem que a Rinite Atrófica Progressiva está presente nas propriedades avaliadas e se caracteriza em um problema para as elas. Conclui-se, portanto, que a RAP está presente na região médio norte do Estado de Mato Grosso e que é necessário o estabelecimento de procedimentos destinados ao aprimoramento das condições existentes nas criações. 

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Como Citar
AlmeidaA. V.; SeboldJ. Q.; GomesS. C.; CarmoM. A. M.; CastroB. G. Ocorrência de rinite atrófica progressiva em suínos em matadouro frigorífico de Sinop, MT. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 14, n. 2, p. 81-81, 29 ago. 2016.
Seção
RESUMOS ENDESA