Decréscimo do número de eutanásias realizadas no município de Botucatu/SP de 2006 a 2013 – um trabalho bem sucedido

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Selene Daniela Babboni
Ana Carolina Tozzi de Paula
Teresa Cristina de Souza

Resumo

Apesar do recolhimento de cães em via pública, em domicílios ou do acolhimento pelos Centros de Controle de Zoonoses serem uma prática que não controla a população canina, é considerada medida primária e complementar de controle de zoonoses. Na Itália, por exemplo, a Lei 281/91 proíbe a eutanásia de cães errantes. A presença prolongada de cães nos canis, assim como a eutanásia, levanta questões de caráter ético. Após sua aprovação são evidenciados os limites da lei. A existência destes animais nem sempre está de acordo com as necessidades éticas e com o bem-estar. Por muitos anos a eutanásia fora executada de forma incontrolável e indiscriminada, todavia no dia 16 de abril de 2008, foi sancionada a Lei número 12.916, artigo 2º “Fica vedada a eliminação da vida de cães e de gatos pelos órgãos de controle de zoonoses, canis públicos e estabelecimentos oficiais congêneres…”. Para tanto este trabalho teve como objetivo quantificar o número de animais (cães e gatos) submetidos a eutanásia nos últimos 8 anos pelo serviço do Canil Municipal do Município. Dados coletados nos arquivos do Canil Municipal (programa Excel), de animais eutanasiados, foram analisados. No ano de 2006 foram eutanasiados 1631 cães e 320 gatos, em 2007 foram 1003 cães e 209 gatos. No ano de 2008, 640 cães e 233 gatos, em 2009 foram 352 cães e 47 gatos. Em 2010, 268 cães e 45 gatos, em 2011 199 cães e 36 gatos, em 2012 152 cães e 34 gatos e finalmente em 2013 146 cães e 18 gatos foram eutanasiados. Há redução da eutanásia a partir do ano de 2008, decréscimo após a Lei entrar em vigor no Estado, consequentemente os animais remanescentes no Canil têm aporte clínico veterinário de melhor qualidade, objetivando a adoção. Decréscimo dos animais eutanasiados, demonstra que o Município além de seguir as normativas legais, tem-se preocupado com a saúde animal e consequentemente a saúde pública. Em muitas cidades existe a preocupação com o aumento do número de cães errantes que, em grande parte, deve-se a posse irresponsável, já que o abandono parece constituir uma das grandes causas de aumento dessa população, todavia a eutanásia que era realizada indiscriminadamente não resolveu este problema de superpopulação mostrando assim aos órgãos públicos e privados que cabe um maior incentivo em trabalhos educacionais referentes à saúde pública veterinária.

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Como Citar
BabboniS. D.; de PaulaA. C. T.; de SouzaT. C. Decréscimo do número de eutanásias realizadas no município de Botucatu/SP de 2006 a 2013 – um trabalho bem sucedido. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 2, p. 91-91, 10 nov. 2015.
Seção
V CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO COLETIVO