Avaliação morfométrica da hemossiderose hepática em pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) naturalmente infectados por Plasmodium SPP (projeto em andamento)

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A. C. Ewbank
R. E. T. Vanstreels
F. R. Strefezzi
J. L. Catão-Dias

Resumo

Introdução e Objetivos: Pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) debilitados, que atingem a plataforma continental brasileira durante sua migração invernal, recebem atendimento em centros de reabilitação ao longo do litoral. Nesse período os animais são suscetíveis à malária aviária, doença capaz de desencadear surtos fulminantes, com altas taxas de mortalidade, e de aspecto epizoótico, representando uma ameaça à conservação de espécies suscetíveis. Resultados recentemente obtidos sugeriram a existência de correlação entre o desenvolvimento desses animais e a ocorrência de hemossiderose hepática. O presente trabalho empregou técnicas histoquímicas e morfométricas para identificar e quantificar os padrões morfológicos da hemossiderose hepática em pinguins-de-Magalhães naturalmente infectados com Plasmodium spp., previamente caracterizados por meios morfológicos e moleculares.

Material e Métodos: foram examinadas amostras de fígado de 21 animais pertencentes ao Banco de Tecidos de Animais Selvagens do LAPCOM. As técnicas de Reticulina e Giemsa foram utilizadas para a análise e descrição histopatológica. Lâminas com coloração de Perls foram examinadas ao microscópio com uso de sistema computadorizado de análise de imagem (Image ProPlus, version 5.1.2.59, Media Cybernetics). O centro da lâmina foi fotografado e utilizado como campo de referência à objetiva de 40x. Outras oito imagens foram gravadas como arquivos TIF, a 50μm desse ponto, a intervalos de 45°, sob as mesmas condições de luminosidade. Os depósitos de hemossiderina foram delineados semiautomaticamente, a partir da mais baixa intensidade de azul até a mais alta. O zoom digital máximo foi padronizado em 50%. O valor médio das porcentagens de áreas ocupadas por hemossiderina em nove campos foi denominado índice de hemossiderose hepática (IHH).

Resultados e Discussão: as amostras encontram-se em processo de análise morfométrica. O IHH individual será comparado aos parâmetros: instituição de origem, espécie de Plasmodium infectante e alterações histopatológicas. Os resultados serão analisados por Análise de Variância ou Testes de Correlação, dependendo do tipo de dado em questão. O maior desafio será o estabelecimento da correlação e contextualização dos resultados obtidos com o histórico disponível no período de ingresso nos centros de reabilitação.

Conclusão: a ocorrência de hemossiderose em aves com malária já foi relatada anteriormente, mas esta será a primeira vez que a sua extensão, registrada por avaliação histopatológica, morfometria e mensuração do IHH, será comparada com a espécie de Plasmodium infectante em pinguins-de-Magalhães. Será investigada a existência de correlação entre hemossiderose e a malária aviária, bem como, a sua significância e quais morfoespécies de Plasmodium causam hemossiderose mais acentuada.

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Como Citar
EwbankA. C.; VanstreelsR. E. T.; StrefezziF. R.; Catão-DiasJ. L. Avaliação morfométrica da hemossiderose hepática em pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) naturalmente infectados por Plasmodium SPP (projeto em andamento). Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 1, p. 47-47, 28 abr. 2015.
Seção
SEMANA CIENTÍFICA PROF. DR. BENJAMIN EURICO MALUCELLI