Avaliação das condições ambientais em biotérios de experimentação da USP

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

E. A. S. Pinho
E. S. Oliveira
N. L. Souza

Resumo

Introdução e Objetivos: Modelos animais para a pesquisa estão predominantemente vinculados a biotérios de IES públicas da região sudeste do Brasil. Ainda há incorreções ambientais que implicam no comprometimento da saúde animal e, consequentemente, das pesquisas com eles desenvolvidas. Por não haver dados concretos sobre biotérios brasileiros, no presente trabalho foram investigadas as condições ambientais de biotérios de experimentação da USP, de modo a serem obtidas informações destinadas a nortear melhorias para a saúde e o bem estar animal.

Material e Métodos: Um questionário foi distribuído a 21 biotérios cadastrados na Pró-Reitoria de Pesquisa da USP e a participação ocorreu mediante um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, com compromisso de sigilo absoluto. Os resultados foram obtidos das respostas fornecidas por dez biotérios de experimentação.

Resultados e Discussão: Os biotérios analisados (E1 a E10) alojam mais de uma espécie, todas de padrão sanitário convencional (CV), havendo camundongos em 80% dos casos, ratos (100%), cobaias (20%), coelhos (30%) e hamsters (30%). A área destinada aos animais em relação à área total do biotério varia de 20% a 100%, sendo que os E2, E3, E5, E6, E7, E8 e E10 (70%) apresentam boa distribuição física com 41,43☐11,36% da área total para os animais, e o restante ocupado por corredores e áreas de apoio. Apenas E4 apresenta área total para alojamento e desinfecção deficiente, devido ao fato de ter essa área imiscuída à dos animais e utilizar somente detergente neutro. Os E1, E4 e E9 citaram salas de animais em contato com área de circulação externa, o que possibilita maior presença de contaminantes. Os biotérios E1, E3, E5, E7, E8 e E10 também utilizam racks, os quais promovem ventilação intracage (ICV), com consequente melhoria nas condições atmosféricas microambientais e na saúde dos animais. Estantes ventiladas, que se caracterizam por promover ventilação geral diluidora mais eficiente (VGD+), foram citadas pelos E1, E2, E5, E7 e E10, enquanto que gaiolas comuns (VGD) são utilizadas em 70% dos biotérios analisados. A troca de gaiolas ocorre a cada 2, 3 ou 4 dias, e apenas o biotério E10 adota duas trocas de gaiolas/semana concomitantemente com a desinfecção adequada com NaClO, esterilização da cama e materiais, além de condições atmosféricas adequadas (17 trocas de ar/h, temperatura de 22 a 25oC e umidade relativa do ar entre 45 a 75%).

Conclusões: 1. Necessidade de ampliação dos E1, E4 e E9 para criação de corredores e áreas de apoio; 2. Deve-se promover e homogeneizar a individualização das espécies, otimizando o espaço com racks ou estantes ventiladas; 3. Mesmo sendo de padrão sanitário CV, o E10 apresenta condições ambientais mais adequadas em termos de sanidade e bem estar de animais em biotérios de experimentação.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
PinhoE. A. S.; OliveiraE. S.; SouzaN. L. Avaliação das condições ambientais em biotérios de experimentação da USP. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 1, p. 37-37, 28 abr. 2015.
Seção
SEMANA CIENTÍFICA PROF. DR. BENJAMIN EURICO MALUCELLI