Padronização de um modelo de infecção por Clostridium difficile em hamsters sírios (Mesocricetus auratus)

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Guilherme Guerra Alves
Rodrigo Otávio Silveira Silva
Felipe Masiero Salvarani
Prhiscylla Sadanã Pires
Luciana Aramuni Gonçalves
Monique da Silva Neves
Carlos Augusto de Oliveira Júnior Carlos
Amanda Nádia Diniz
Marina Carvalho Duarte
Laura Cristina Oliveira Bernardes
Izabella Moreira Marques
Bruna Alves Silva
Francisco Carlos Faria Lobato

Resumo

O objetivo do presente trabalho foi padronizar um protocolo de infecção por Clostridium difficile(ICD) em hamsters sírios (Mesocricetus auratus), disponibilizando-o para futuros estudos sobre a patogenia, tratamento e métodos de controle da ICD no Brasil. Para seleção das estirpes capazes de causar letalidade, cinco animais por grupo receberam, cada, uma dose de clindamicina (30 mg/kg) por gavagem. Após 48 horas, administrou-se, também por gavagem, 100 μL de solução contendo 107unidades formadoras de colônia (UFC) em cada animal, de quatro diferentes isolados toxigênicos deC. difficile, sendo três estirpes de campo e uma amostra de referência. Posteriormente, selecionou-se uma das estirpes capazes de causar diarreia e letalidade, e administrou-se 4 x 102, 4 x 104, 4 x 106, 4 x 108 UFC em cada animal, novamente com cinco hamsters por grupo, e calculou-se a dose letal para 50% da população testada (DL50). Todas as amostras testadas foram consideradas toxigênicas, uma vez que foram capazes de causar diarreia e morte dos animais. Igualmente, em todas as diluições testadas, foram observados os mesmos sinais. A maior concentração testada (4 x 108 UFC por animal) causou óbito de 100% dos hamsters do grupo. Todos os animais que vieram a óbito apresentaram tiflite hemorrágica, quadro comumente relatado nas ICD. Estes hamsters foram positivos para as toxinas A/B e foi isolado o agente C. difficile do conteúdo intestinal, confirmando a indução da infecção. A DL50 foi estabelecida em 6,3 x 104 UFC por animal. O protocolo padronizado no presente estudo permitiu a utilização de hamsters sírios como modelo de indução da ICD, e portanto passa a ser um instrumento valioso para estudos relativos a patogenia, tratamento e controle dessa doença no país.

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Como Citar
AlvesG. G.; SilvaR. O. S.; SalvaraniF. M.; PiresP. S.; GonçalvesL. A.; NevesM. da S.; Júnior CarlosC. A. de O.; DinizA. N.; DuarteM. C.; BernardesL. C. O.; MarquesI. M.; SilvaB. A.; LobatoF. C. F. Padronização de um modelo de infecção por Clostridium difficile em hamsters sírios (Mesocricetus auratus). Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 12, n. 3, p. 93-93, 6 mar. 2015.
Seção
RESUMOS CONBRAVET