Melanoma com metástase linfática em um caprino - relato de caso

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Gabriel Barbosa de Melo Neto
Davi Alexandre de Barros Correia
Márcia Bersane Araújo de Medeiros Torres

Resumo

O trabalho relata um caso de melanoma com metástase linfática em um caprino. Os tumores melanocíticos na medicina veterinária podem ser classificados como benignos ou malignos, sendo a forma benigna denominada de melanocitoma que é mais frequente em cães e raro em caprinos e a forma maligna chamada de melanoma que também é comum em cães. O presente trabalho relata um caso de melanoma com metástase linfática em um caprino diagnosticado no Setor de Patologia Veterinária do Laboratório de Anatomia e Patologia Animal da UFRPE-UAG. Foi solicitada uma visita a uma propriedade de criação de caprinos no município de Caetés no Agreste Meridional de Pernambuco. O animal era um caprino, fêmea SRD de aproximadamente 12 anos, apresentando uma lesão nodular na pele da região nasal com 4 cm de altura x 3 cm de largura, de coloração preta, superfície crostrosa e ulcerado. O proprietário relatou que o animal apresentou a lesão no mês de janeiro de 2013 com evolução rápida. Foi realizada a biópsia excisional da lesão para exame histopatológico. Aproximadamente três semanas após a remoção foi solicitada nova avaliação do animal. Na reavaliação havia mais quatro nódulos localizados no lado esquerdo da face (2 cm de diâmetro), região auricular (3 cm de largura x 2 cm de altura), submandibular (1,5 cm de diâmetro) e região periocular esquerdo (4cm de diâmetro). Todos os nódulos apresentavam coloração enegrecida, superfície irregular e firme aderência à musculatura subjacente. Foi realizada a biópsia excisional dos nódulos, os fragmentos foram fixados em formol a 10%, e processados pela técnica de impregnação em parafina e corados pela hematoxilina e eosina. Na microscopia a massa neoplásica que infiltrava a derme e as fibras musculares, era composta por células pleomórficas com núcleos arredondados, alongados ou de aspecto triangular, apresentando pigmento granular, marrom escuro preenchendo o citoplasma de um grande número de células. Na epiderme havia hiperqueratose, e em alguns cortes a superfície da epiderme ulcerada, hemorragia associada a infiltrado inflamatório neutrofílico e colônias bacterianas intralesionais. Linfonodo submandibular com lençol de células neoplásicas infiltrando os seios medulares, dentro de vasos linfáticos, áreas de necrose multifocal, entremeada por grande quantidade de estroma conjuntivo fibroso, demonstrando que o melanoma também pode causar metástase em caprinos visto que a literatura consultada não relata tal caso na espécie.

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Como Citar
Melo NetoG. B. de; CorreiaD. A. de B.; TorresM. B. A. de M. Melanoma com metástase linfática em um caprino - relato de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 12, n. 3, p. 87-88, 6 mar. 2015.
Seção
RESUMOS CONBRAVET