Identificação de portador renal crônico em ovinos naturalmente infectados por Leptospira sp

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Juliana Kelly Conceição Leite
Lucas Nogueira Paz
Camila Hamond Regua Motta Reis
Alberto Lopes Gusmão
Arianne Pontes Oriá
Melissa Hanzen Pinna

Resumo

O presente trabalho relata a identificação, por métodos sorológicos e moleculares, do estado de portador renal crônico de Leptospira sp. em ovinos naturalmente infectados. Foram colhidas amostras de 80 ovinos, que não apresentaram, no momento da colheita, qualquer sinal clínico sugestivo de leptospirose. Logo após o exame físico, realizou-se a obtenção de amostra sanguínea por meio da punção asséptica da veia jugular, com o método à vácuo. Em seguida, o sangue foi devidamente identificado, mantido em refrigeração (4ºC) e transportado para o Laboratório de Bacterioses do Hospital de Medicina Veterinária da UFBA. As amostras foram centrifugadas (1000 × g por 10 minutos) e o soro foi extraído, identificado e armazenado em duplicata em microtubos de 1,5 mL a -20°C até o seu processamento. As amostras foram submetidas à técnica de soroaglutinação microscópica com antígenos vivos com a finalidade de observar sororeatividade. Identificaram-se vinte e nove amostras reativas com títulos entre 200 e 400 (29/80 – 36,25%), quarenta e quatro amostras com título entre 100 e 200 (44/80 – 55%) e sete amostras com título menor que 100 (7/80 – 8,75%), portanto, classificados como não reativas. Os sorovares mais frequentes foram Hebdomadis, Copenhageni M20, Wolffi, Grippotyphosa e Bratislava. Feita a triagem com a sorologia foram selecionados para investigação molecular, amostras de dez animais, sendo nove deles com títulos acima de 200 e um com título abaixo de 100, mas com histórico de abortamento. A detecção do DNA de leptospiras na urina foi realizada com a técnica do PCR, extraído pelo Wizard SV Genomic DNA Purification System (Promega, Madison, EUA) de acordo com recomendações do fabricante. No ensaio da reação em cadeia da polimerase (PCR) para a detecção do gene LipL32 (presente apenas em leptospiras patogênicas) foram empregados os “primers” LipL32-45F (5'-AAG CAT TAC CGC TTG TGG TG-3') e LipL32-286R (5'-GAA CTC CCA TTT CAG CGA TT-3'). Das dez amostras selecionadas, seis foram positivas (6/10 – 60%), sendo 5 delas com título acima de 200 e uma com título abaixo de 100. A identificação de portadores renais assintomáticos demonstra a circulação do agente no plantel, além de reforçar a necessidade de adequação no manejo sanitário. Desta forma, conclui-se que o uso da MAT como método de triagem e da PCR como método definitivo de diagnóstico contribui para caracterização sanitária quanto á leptospirose, bem como a intervenção sanitária no plantel.

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Como Citar
LeiteJ. K. C.; PazL. N.; ReisC. H. R. M.; GusmãoA. L.; OriáA. P.; PinnaM. H. Identificação de portador renal crônico em ovinos naturalmente infectados por Leptospira sp. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 12, n. 3, p. 77-77, 6 mar. 2015.
Seção
RESUMOS CONBRAVET