Estudo da susceptibilidade de Staphylococcus aureuS isolados do leite de vacas com mastite em Sergipe

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Wemerson de Santana Neres
Gabriel Isaias Lee Tuñón
Osmário Marques Santos
Maria Regina Pires Carneiro

Resumo

O presente trabalho verificou a ocorrência de Staphylococcus aureus multirresistentes em amostras de leite de vacas com mastite em Sergipe. Foi realizado o diagnóstico da mastite clínica pela detecção de alterações macroscópicas no úbere e no leite. A mastite subclínica foi diagnosticada com o Califórnia Mastite Teste (CMT). Foram coletadas 40 amostras de leite e isoladas 69 estirpes de S. aureus a partir de testes convencionais. Realizou-se a triagem com a técnica de difusão em discos de Kirby Bauer com cefoxitina (30mg) para identificação fenotípica de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA). Isolados foram testados frente a 10 princípios ativos com o teste de sensibilidade a antimicrobianos. Do total de amostras, 35 (87,5%) foram advindas de mastite subclínica e cinco (12,5%) de mastite clínica. A positividade para S. aureus deu-se em 52,5% das amostras, não havendo crescimento de colônias ou formação de colônias não típicas no restante. Dos isolados, 100% foram sensíveis a cefoxitina, descartando-se a presença de estirpes de Staphylococcus aureus resistentes a meticilina (MRSA). Todos os isolados foram sensíveis a amoxilina/ácido clauvulânico, ampicilina/sulbactam, clindamicina, gentamicina, imipenem, sulfazotrim e teicoplamina. A tetraciclina foi o antimicrobiano menos eficaz dentre os utilizados, reportando 44,93% de resistência. Não foram encontradas estirpes multirresistentes a antimicrobianos, visto que a única resistência encontrada foi à tetraciclina. A sensibilidade foi significativamente alta, no entanto, o S. aureus possui alta capacidade para adquirir resistência, podendo representar um grande impasse na economia leiteira. Este microrganismo apresenta-se como um grande vilão à saúde pública, e não é descartada sua possibilidade de transmissão entre os animais e o homem. Diante do exposto, sugere-se o monitoramento dos microrganismos envolvidos na mastite e, em especial, o uso de antimicrobianos de espectro restrito, no intuito de minimizar a resistência microbiana.

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Como Citar
NeresW. de S.; TuñónG. I. L.; SantosO. M.; CarneiroM. R. P. Estudo da susceptibilidade de Staphylococcus aureuS isolados do leite de vacas com mastite em Sergipe. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 12, n. 3, p. 72-72, 6 mar. 2015.
Seção
RESUMOS CONBRAVET