Administração contínua de opióide via cateter epidural em equino: relato de caso

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Débora Passos Hinojosa Schaffer
Vivian Fernanda Barbosa
Carlos Hiroshi Duarte Iwassa
Anna Fernanda Machado Sales da Cruz Ferreira
Talita dos Santos Lima

Resumo

A dor geralmente é um dos primeiros e mais dominantes sinais da injúria ou doença em equinos. Os opióides são analgésicos amplamente empregados no combate aos processos dolorosos, no entanto o uso da morfina nesta espécie tem sido desencorajado, dada a possibilidade de ocorrerem efeitos colaterais severos. O presente trabalho relata a eficácia analgésica da morfina via peridural contínua no tratamento da dor crônica. Um equino, fêmea, da raça Mangalarga Marchador, apresentava processo inflamatório crônico da região metatársica posterior com tecido de granulação exuberante. A paciente apresentava sinais clássicos de dor como hiporexia, desuso e claudicação do membro afetado, irritação e estresse, dor a palpação com resposta agressiva (coices). Foi realizada a cirurgia plástica reparadora da lesão com manutenção anestésica com isofluorano. Para analgesia pós-operatória procedeu-se a colocação do cateter peridural. A paciente foi posicionada em decúbito lateral direito e foi realizada a tricotomia e antissepsia da região lombossacra. O espaço peridural foi acessado com agulha de Tuohy 18G e após teste de sucção da gota pendente e ausência de resistência à injeção, introduziu-se o cateter epidural 20G. A fixação do cateter foi realizada com fio de nylon 3-0 em pontos simples separados na região dorsal da garupa, sendo sequencialmente coberto com gaze embebida de solução de iodopovidona a 0,1% fixada com esparadrapo. A antissepsia do local de implantação foi realizada a cada 24 horas. Administrou-se morfina na dose de 0,1mg/kg, diluída em solução de cloreto de Sódio a 0,9% em volume final de 20 ml. O tratamento manteve-se por quatorze dias seguidos, mantendo-se a dose do opióide. Os sinais de dor anteriormente apresentados foram cessados. Após a instituição do tratamento analgésico, houve melhora clínica significativa (normorexia, redução do estresse e irritação, posicionamento e apoio do membro afetado e ausência de dor a palpação). Não foram observadas alterações comportamentais excitatórias e redução da motilidade gastrintestinal. O curativo da região da punção e fixação do cateter epidural foi eficiente, não havendo

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Como Citar
SchafferD. P. H.; BarbosaV. F.; IwassaC. H. D.; FerreiraA. F. M. S. da C.; LimaT. dos S. Administração contínua de opióide via cateter epidural em equino: relato de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 12, n. 1, p. 65-65, 24 out. 2014.
Seção
RESUMOS CONBRAVET