Análise microbiológica em ostras de cultivo no estado da Bahia

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Lorena Florence de Carvalho
Lissa Glória Araújo dos Santos
Manuela Sampaio Souza Santos
Tereza Bernardete Mata de Britto Moreira
Maíra Pessoa Jornane Barbosa Santos
Marialice Rocha Guimarães Rosa
Jorge Raimundo Lins Ribas

Resumo

Com uma grande extensão litorânea, o Estado da Bahia tem um enorme potencial para a ostreicultura. Quando manejada de forma correta, cursa com impactos ambientais e sociais positivos. A necessidade atual do incremento na produção de alimentos leva ao crescimento exponencial da ostreicultura, incentivando a criação, em 2012, do Programa Nacional de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos Bivalves, e para adesão compulsória faz-se necessária análise microbiológica rotineira nos cultivos. Objetivando avaliar a qualidade microbiológica das ostras produzidas artesanalmente no litoral da Bahia, foram realizadas nove coletas de Crassostrea sp. (12 ostras para cada amostra), provenientes de cinco municípios (Camamu, Maraú, Vera Cruz, Santo Amaro e Taperoá) do litoral baiano, para processamento no Laboratório de Sanidade Animal da ADAB. As amostras do município Camamu apresentaram Coliformes a 35°C (2,3/g), Coliformes a 45°C (4/g) e Estafilococos (<1x10/g). Em Maraú, coliformes a 35°C (4,3x10/g), a 45°C (9/g), Estafilococos (1x10/g). Em Vera Cruz, comunidade Ponta Grossa, foram encontrados coliformes a 35°C (4/g), a 45°C (<3/g) e Estafilococos (<1x10). Na comunidade Baiacu, coliformes a 35°C (2,3x10/g), coliformes a 45°C (9/g), Estafilococos (<1x10), e na comunidade Matarandiba, coliformes a 35°C (4,3x10/g), a 45°C (9/g) e Estafilococos (<1 x10/g). Em Santo Amaro, comunidade Dendê, foram encontrados coliformes a 35°C (3,6/g), Coliformes a 45°C (<3/g) e Estafilococos (<1x10/g), e na comunidade Iguape, Coliformes a 35°C (1,4x10/g), Coliformes a 45°C (<3/g) e Estafilococos (5x10²/g). No município Taperoá, foram encontrados Coliformes a 35°C (2,4x10²/g), a 45°C (2,9x10/g) e Estafilococos (<1x10/g). Em Graciosa, distrito de Taperoá, encontrou-se 2,9x10/g de Coliformes a 35°C, 2,9x10/g de Coliformes a 45°C e 1x10/g de Estafilococos. A partir dos resultados encontrados, ressalta-se a importância do monitoramento microbiológico como rotina, uma vez que ostras, por serem filtradoras, podem assumir um papel importante na propagação de patógenos, principalmente em decorrência das formas de comercialização e consumo. A depuração como etapa da produção atua na eliminação desses e de outros agentes com extenso potencial patogênico. A adoção de métodos preventivos, como saneamento básico e educação sanitária, nas regiões de produção aquícola poderá limitar a contaminação e propagação de microrganismos nessas culturas.

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Como Citar
de CarvalhoL. F.; dos SantosL. G. A.; SantosM. S. S.; MoreiraT. B. M. de B.; SantosM. P. J. B.; RosaM. R. G.; RibasJ. R. L. Análise microbiológica em ostras de cultivo no estado da Bahia. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 12, n. 1, p. 42-42, 24 out. 2014.
Seção
RESUMOS CONBRAVET