Comparação do manejo em confinamento e do manejo livre a campo de ovinos deslanados no município de Manacapuru (AM)

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Thiago Bitar Alves
Zenia Marcia Rodriguez Chacón
Gilvan Machado Batista
Monique Santos da Silva

Resumo

Foi comparada a eficácia do manejo em confinamento e do manejo livre a campo de ovinos no município de Manacapuru - Amazonas. Foram utilizados dez ovinos deslanados (Santa Inês e mestiços), fêmeas, distribuídos em dois tratamentos com cinco repetições cada, de pesos e tamanhos semelhantes. Tratamento 1 (T1) manejo tradicional a campo e tratamento 2 (T2) animais confinados em baia de 4x4m² com piso de terra. Para os animais do T1 foi fornecido aproximadamente 1,200kg de casca de soja e sal mineral à vontade após passarem o dia ao pasto. Para os animais do T2 foi fornecido capim de corte: capim elefante (Penisetum purpureum) picado, duas vezes ao dia: 7,5kg de capim elefante + 600g de casca de soja pela manhã, e 7,5kg de capim elefante + 600g de casca de soja pela tarde, totalizando em 15kg de capim elefante, 1,200kg de casca de soja e fornecimento de sal mineral à vontade para ambos os tratamentos. O trabalho teve uma duração de 51 dias, sendo uma semana de adaptação e dois períodos experimentais de 21 dias cada um. Foi observado um significativo ganho de peso dos ovinos do T1 (P<0,05). Os ovinos do T1 e T2 apresentaram um ganho de peso médio equivalente a 71,4 e 9,0 g/dia respectivamente. Comparando com o peso obtido pelos animais do T2, os resultados foram inferiores aos encontrados por Oliveira et al. (1986), que encontraram valores entre 92,6 e 106,2 g/dia, trabalhando com ovinos Morada Nova confinados e alimentados com restolho de milho e feno de mata pasto (Cassia sericea). Camurça et al. (2002) citam diversos autores que trabalharam com ovinos machos jovens, com aproximadamente quatro meses de idade, confinados e alimentados com dietas que continham acima de 60% de concentrado (ração), obtendo resultados positivos, o que difere do presente trabalho, onde foi oferecido uma quantidade muito baixa (7,5%), apenas para estimular a alimentação dos animais. Camurça et al. (2002) citam ainda que é recomendado para confinamento que o animal tenha de 15 a 18kg de peso vivo, e esteja com idade entre quatro a seis meses, porém o peso vivo dos animais no início do presente experimento era em média 32 kg e estavam com idade bem acima do recomendado. Os ganhos de peso encontrados no presente trabalho estão aquém do esperado, provavelmente devido a fatores ligados à ineficiência do confinamento de ovinos em baias com piso de terra, pois o aprisco suspenso com piso ripado é o mais indicado para regiões quentes e úmidas (CODEVASF, 2011). Acredita-se que elevando-se a porcentagem de ração na alimentação e oferecendo boas condições sanitárias no confinamento seria obtido maior ganho de peso.

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Como Citar
AlvesT. B.; ChacónZ. M. R.; BatistaG. M.; SilvaM. S. da. Comparação do manejo em confinamento e do manejo livre a campo de ovinos deslanados no município de Manacapuru (AM). Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 12, n. 1, p. 74-75, 24 out. 2014.
Seção
RESUMOS CONBRAVET