Anestesia peridural com lidocaína e morfina em cutia (dasyprocta aguti): relat o de caso

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Vanessa Bastos de Castro
Débora Passos Hinojosa Schaffer
Francisco de Assis Dórea Neto
Élen Almeida Pedreira de Sousa
Vanessa Silva Santana

Resumo

A anestesia peridural em animais silvestres, assim como em pequenos animais, destaca-se pela redução do requerimento de anestésicos gerais e, consequentemente, por menos efeitos adversos. Entre os anestésicos locais, a lidocaína é utilizada em variadas técnicas loco-regionais, em espécies diversas. O uso de analgésicos opióides, como a morfina associada à técnica espinhal, proporciona analgesia satisfatória e prolongada. A literatura relata bradicardia, bradipnéia e óbito em cutias ao associar lidocaína e morfina por via epidural. Objetivou-se relatar a utilização da lidocaína associada à morfina, por via peridural, em uma cutia adulta, de peso 2,4 kg, para osteossíntese de fêmur. Administrou-se cetamina (20mg/kg), xilazina (1mg/kg) e midazolam (0,3mg/ kg) por via intramuscular. O tempo de latência foi de aproximadamente quatro minutos. Após atingir decúbito lateral, posicionou-se a paciente em postura de esfinge, para palpação e localização do espaço lombossacro (L7- S1). Realizou-se a antissepsia e o espaço peridural foi acessado com agulha hipodérmica 25x0,7mm (22G). Após aspiração da gota pendente, foram administrados fármacos (lidocaína 2% com vasoconstritor e morfina, nas doses 5mg/kg e 0,1mg/kg, respectivamente). Administrou-se NaCl 0,9% (10ml/kg/h) por via intravenosa e meloxicam (0,1mg/kg) e enrofloxacina (10mg/kg) por via subcutânea. Para manutenção anestésica, utilizou-se isofluorano diluído em O2 100% em máscara facial. Os parâmetros frequência cardíaca (FC), freqüência respiratória (FR) e saturação periférica de oxigênio (SpO2) foram avaliados a cada cinco minutos com monitor multiparamétrico. As frequências cardíaca e respiratória foram mantidas entre 181 ± 10,84 bpm e 40,2 ± 1,14 mpm. A paciente recuperou-se de forma satisfatória, sem apresentar sinais de excitação e dor. Não foram observadas complicações decorrentes da técnica peridural, como depressão respiratória, bradicardia e óbito. A SpO2 manteve-se entre 94,25 ± 1,67, com o sensor do oxímetro fixado à cartilagem auricular. O relaxamento muscular foi considerado excelente e a técnica proporcionou analgesia satisfatória, de forma segura para tratar a dor de longa duração.

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Como Citar
de CastroV. B.; SchafferD. P. H.; Dórea NetoF. de A.; de Sousa Élen A. P.; SantanaV. S. Anestesia peridural com lidocaína e morfina em cutia (dasyprocta aguti): relat o de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 12, n. 1, p. 34-35, 24 out. 2014.
Seção
RESUMOS CONBRAVET