Adenocarcinoma alimentar em um gato

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Camila de Oliveira Pereira
Fernanda Vieira Amorim da Costa
Bruna Meyer

Resumo

É relatada a ocorrência de adenocarcinoma (AC) em intestino, pâncreas e fígado de um felino com efusão ascítica. Um gato, com 15 anos de idade, foi atendido com distensão abdominal e histórico de emagrecimento e prostração. Ao exame ultrassonográfico, foi verificada presença de líquido livre no abdome, fígado hiperecogênico com bordos regulares e arredondados. À análise físico-química do líquido cavitário, a efusão foi classificada como transudato modificado. A avaliação citológica do mesmo sugeriu presença de processo neoplásico com provável origem epitelial. Nenhuma alteração foi verificada no hemograma nem na mensuração de alanina aminotransferase. O animal veio a óbito após 15 dias. No exame histopatológico, foi evidenciado AC em fígado, pâncreas e intestino. Ascite é o acúmulo de fluido na cavidade abdominal, sendo causado principalmente por neoplasias (NP) na espécie felina. Gatos com ascite geralmente apresentam sinais inespecíficos como anorexia e letargia, como foi observado no paciente. As NP alimentares incluem tumores na boca, glândulas salivares, esôfago, fígado, pâncreas, estômago e intestino. Sendo o intestino o órgão acometido com maior frequência por AC alimentar. Massas neoplásicas podem obstruir o fluxo sanguíneo da veia hepática ou da veia cava caudal para o lado direito do coração, levando ao aumento da pressão hidrostática e resultando na formação de transudato modificado, como ocorreu no presente caso. Embora o AC seja uma NP menos frequente que o linfoma, ele deve ser considerado como hipótese diagnóstica em gatos com efusão ascítica.

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Como Citar
PereiraC. de O.; da CostaF. V. A.; MeyerB. Adenocarcinoma alimentar em um gato. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 3, p. 78-78, 11.
Seção
RESUMOS CONBRAVET