Adenocarcinoma prostático canino: terapia através de prostatectomia videolaparoscópica

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Bianca Silva Medeiros
Marco Augusto Machado Silva
Maurício Veloso Brum
Aparício Mendes de Quadros
Tanise Policarpo Machado
Renan Idalência
Carlos Eduardo Bortolini

Resumo

Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo um canino, macho, Pittbull Americano, nove anos, obeso, apresentando aumento de saco escrotal e dor para locomover-se há duas semanas. Ao exame físico geral constatou-se severa algia abdominal e aumento de volume na região inguinal. O saco escrotal apresentou-se intensamente edemaciado, eritematoso e hipertérmico. Foram realizados como exames complementares hemograma completo, bioquímica sérica, urinálise, ecografia abdominal e radiografia torácica. Os exames sanguíneos demonstraram neutrofilia e aumento sérico da fosfatase alcalina. A urinálise evidenciou bacteriúria (3+), proteinúria (3+) e sangue oculto (3+). A ecografia abdominal evidenciou testículos com formato preservado, contorno regular, heterogêneos, ecogenicidade mista, mediastino testis alterado, caracterizando neoplasia. A próstata apresentava-se aumentada com contorno regular, heterogênea, ecogenicidade mista, compatível com cistos ou neoplasia. Na radiografia torácica não foram visibilizadas imagens radiográficas compatíveis com metástase pulmonar nodular. A terapêutica instituída foi meloxicam (0,2mg.kg-1 PO SID), tramadol (3mg.kg-1 PO TID) e enrofloxacina (5mg.kg-1 PO BID). O paciente foi encaminhado para a orquiectomia terapêutica e realização de biópsia prostática videolaparoscópica. Os testículos e fragmentos da biópsia foram encaminhados para análise histopatológica, sendo compatíveis com seminoma testicular e adenocarcinoma prostático. Dessa forma, o paciente foi submetido a novo procedimento, à prostatectomia videolaparoscópica, na qual foi possível a completa remoção da próstata, porém por meio dessa técnica, por se tratar de um paciente obeso, não foi possível a realização da uretrorrafia, convertendo para a técnica convencional. O paciente veio a óbito no dia seguinte ao procedimento cirúrgico. Sabe-se que os adenocarcinomas prostáticos são altamente invasivos e metastáticos, sendo de prognóstico ruim. Porém, mesmo nesse caso não sendo possível a total realização do procedimento através da videocirurgia, quando tratar-se de pacientes com escore corporal adequado, a técnica é altamente recomendada, por ser um procedimento pouco invasivo e menos traumático, facilitando o pós-operatório do paciente. O diagnóstico precoce dessas neoplasias é de suma importância para a intervenção precoce a fim de diminuir a progressão agressiva da enfermidade.

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Como Citar
MedeirosB. S.; SilvaM. A. M.; BrumM. V.; de QuadrosA. M.; MachadoT. P.; IdalênciaR.; BortoliniC. E. Adenocarcinoma prostático canino: terapia através de prostatectomia videolaparoscópica. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 3, p. 79-80, 11.
Seção
RESUMOS CONBRAVET