Anestesia e analgesia no lipoma infiltrativo canino

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Geyanna Dolores Lopes Nunes
Talyta Lins Nunes
Ariana Lopes Correia de Paiva
Genilson Fernandes de Queiroz
Kilder Dantas Filgueira
Valéria Veras de Paula

Resumo

É descrito o protocolo anestésico e analgésico empregado no tratamento cirúrgico de um lipoma infiltrativo canino. Uma cadela, sem raça definida, com cinco anos, possuía um tumor subcutâneo, envolvendo as regiões pré-esternal e esternal. Optou-se por encaminhar a paciente para cirurgia. Inicialmente, o animal foi pré-medicado com acepromazina (0,05mg.kg-1) e cloridrato de tramadol (2mg.kg-1), por via intramuscular, sendo a anestesia induzida com propofol (5mg.kg-1) por via intravenosa e mantida através da administração inalatória de isofluorano associado a oxigênio 100%. Devido à total adesão da proliferação com a musculatura limítrofe, observou-se intenso processo doloroso no decorrer da excisão. Tal fato evidenciou-se pelo aumento na pressão arterial média, elevando-se de 65mmHg para 100mmHg e também pela quase centralização do globo ocular. Foi realizado um bolus de cetamina (0,5mg.kg- 1) e seguidos cinco minutos procedeu-se a infusão contínua da mesma (10μg. kg-1/min) até a conclusão da cirurgia. Vale salientar que nos 15 minutos antecedentes ao término do procedimento, foram aplicados anti-inflamatórios (carprofeno, 4,4mg.kg-1por via subcutânea e dipirona sódica, 25mg.kg-1 por via intravenosa). Ao despertar, a cadela apresentava-se excitada e com sinais aparentes de dor. Desta forma, utilizou-se infusão intravenosa lenta de fentanil (5μg.kg-1) diluído em 10ml de solução fisiológica, sendo esta ação repetida após 20 minutos. Tal conduta foi necessária para estabelecer uma adequada analgesia no pós-operatório imediato. O animal permaneceu monitorado quanto às funções vitais, sendo liberado somente quando se encontrava em conveniente estado de analgesia. Nesse momento, instituiu-se medicação oral pós-cirúrgica à base de carprofeno (4,4mg.kg-1, a cada 24 horas, por cinco dias), dipirona sódica (25mg.kg-1, a cada oito horas, por cinco dias) e cloridrato de tramadol (3mg.kg-1, a cada oito horas, por sete dias). Enviou-se o tumor removido para histopatologia, sendo diagnosticado como lipoma infiltrativo. O lipoma é uma neoplasia mesenquimal benigna, com gênese a partir dos adipócitos. Ao ocorrer infiltração para os tecidos adjacentes é denominado de lipoma infiltrativo. O tratamento de eleição corresponde a exérese cirúrgica embora ocasione processo álgico severo. Assim, torna-se imprescindível uma terapia analgésica com o uso de fármacos de diferentes mecanismos de ação.

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Como Citar
NunesG. D. L.; NunesT. L.; de PaivaA. L. C.; de QueirozG. F.; FilgueiraK. D.; de PaulaV. V. Anestesia e analgesia no lipoma infiltrativo canino. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 3, p. 84-84, 11.
Seção
RESUMOS CONBRAVET