Aplasia pancitopênica em cães: relato de oito casos

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Amanda Noéli da Silva Campos
Ariane Martins
Angela Ferronatto Girardi
Marcelo Silveira
Samara Rosolem
Arleana do Bom Parto Ferreira de Almeida
Adriane Jorge Mendonça
Valéria Régia Franco Sousa

Resumo

São relatados oito casos de aplasia pancitopênica em cães e suas possíveis causas. Após avaliação clínica, que incluiu exame físico e anamnese, e verificação de pancitopenia ao hemograma, oito cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso (HOVET-UFMT), foram submetidos ao mielograma. A severidade da pancitopenia foi classificada de acordo com WEISS et al. (1999). As amostras de medula óssea foram coletadas do esterno ou crista ilíaca, a partir de punção com agulha 40x12mm e seringa de 20ml, ambas descartáveis, após anestesia dissociativa. Com a fração aspirada foi realizado esfregaço, que foi submetido à coloração de Romanowsky, e uma alíquota de 0,5ml foi acondicionada em EDTA para posterior realização de Reação em Cadeira de Polimerase (PCR) para detecção de Ehrlichia canis e Leishmania (Leishmania) infantum chagasi. O critério para o diagnóstico de pancitopenia aplásica foi de pancitopenia ao hemograma e mielograma apresentando espículas ósseas com mais de 75% de tecido hematopoiético substituído por adipócitos. A média de idade dos cães acometidos foi de 3,2 anos, variando de 5 meses a 11 anos de idade. Todos os animais apresentavam anemia e trombocitopenia severas. Em relação à neutropenia, sete animais apresentaram a forma severa, e todos estes vieram a óbito durante a intervenção terapêutica. O único cão que apresentou neutropenia moderada permanece vivo e em tratamento de suporte, apresentando melhora clínica e hematológica gradativas. Apenas um dos cães foi positivo na PCR para L. chagasi e em nenhum a PCR foi positiva para E. canis. A exposição a drogas mielossupressoras foi descrita em apenas um cão que havia sido submetido a injeções contraceptivas por um curto período de tempo. Coinfecção por Staphylococcus sp e agente fúngico foi detectada em um dos cães por meio de hemocultura e PCR utilizando-se o gene 18S fúngico em amostra de sangue. À necropsia foram visualizadas hifas e leveduras em alguns órgãos, sugerindo septicemia e infecção fúngica generalizada, no entanto, o fungo envolvido ainda não foi identificado. A neutropenia severa mostrou-se como indicador de mau prognóstico na evolução dos quadros, sendo possível inferir a possível causa de aplasia pancitopênica em apenas três cães.

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Como Citar
CamposA. N. da S.; MartinsA.; GirardiA. F.; SilveiraM.; RosolemS.; de AlmeidaA. do B. P. F.; MendonçaA. J.; SousaV. R. F. Aplasia pancitopênica em cães: relato de oito casos. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 3, p. 85-85, 11.
Seção
RESUMOS CONBRAVET