Correção de fístula após herniorrafia perineal em yorkshire - relato de caso

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Carina Rodrigues Silva
Flávio Ramos Bastos de Oliveira
Rildo Geraldo Siqueira dos Santos
Jackson de Oliveira Siqueira
José Bonifácio de Sousa
Renata Lisboa da Rocha

Resumo

É relatada a correção cirúrgica de fístula perianal ocorrida dois anos após cirurgia de redução de hérnia perianal, realizada com fio multifilamentar de algodão em um cão macho, da raça Yorkshire. O animal com dez anos de idade e com 8,2kg de massa corporal foi encaminhado ao Centro Veterinário de Petrolina apresentando secreção mucopurulenta constante na região perineal. No exame clínico diagnosticou-se fístula perineal e o animal foi encaminhado para cirurgia, após a avaliação laboratorial. Para a anestesia foram utilizados Tramadol 4mg/kg como medicação pré-anestésica, Propofol 4mg/kg para indução e manutenção com Isofluorano. O procedimento foi iniciado com incisão na região perianal direita e dissecação do tecido fistulado, objetivando-se eliminar o tecido fibronecrótico das regiões comprometidas em direção ao tecido perirretal profundo. Durante a excisão dos tecidos, foram encontrados seguimentos de fios de algodão, resultantes da cirurgia de herniorrafia. Após a retirada de todo o tecido em questão, realizou- se a redução de espaço morto com fio absorvível (Vicryl 2-0) e sutura da pele (Nylon 2-0). A hérnia perineal resulta da insuficiência do diafragma pélvico muscular em sustentar a parede retal, a qual estica e se desvia. É caracterizada pela presença de tumefações subcutâneas ventrolateral ao ânus, sendo a redução cirúrgica, a conduta mais indicada para o tratamento. As principais complicações após a redução de hérnia perineal incluem infecção da ferida cirúrgica, incontinência fecal, tenesmo, prolapso retal e fístula perianal. A fístula perianal é caracterizada pela presença de pequenos orifícios drenantes da pele. Com a progressão da doença, ocorre o aumento do tamanho dos orifícios, provocando áreas de ulcerações e granulações. A presença de corpos estranhos, como o próprio fio de sutura, está relacionada com a infecção da ferida operatória. As características físico-químicas de cada fio são importantes para o desenvolvimento da infecção e reações teciduais, as quais podem levar de semanas a anos para se desenvolverem. Fios multifilamentosos, como o de algodão, na presença de contaminação, devem ser evitados, uma vez que sua característica porosa e intersticial proporciona um local para multiplicação bacteriana, além de dificultar a penetração de leucócitos, favorecendo a contaminação, que pode ser convertida em infecção.

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Como Citar
SilvaC. R.; de OliveiraF. R. B.; dos SantosR. G. S.; SiqueiraJ. de O.; de SousaJ. B.; da RochaR. L. Correção de fístula após herniorrafia perineal em yorkshire - relato de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 3, p. 97-98, 11.
Seção
RESUMOS CONBRAVET