Ocorrência da chlamydophila felis, plasmídeo críptico, FHV-1, FIV, FELV em gatis

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Fernanda Gonsales
Aline da Hora
Paulo Brandão
Nilson Benites

Resumo

Ocorrência da Chlamydophila felis, plasmídeo críptico, FHV-1, FIV, FeLV em gatos. A infecção de trato respiratório superior em gatos é uma afecção muito frequente em indivíduos que vivem em abrigos, com elevada morbidade e em alguns casos, fatal. O herpesvírus felino tipo1 (FHV-1) e a Chlamydophila felis estão entre os principais causadores. O FHV-1 ocasiona quadros de espirros, secreção nasal e alterações oculares como conjuntivite. A C. felis é responsável pelos piores casos de conjuntivite e apresenta um plasmídeo críptico como um fator de virulência. A presença dos retrovírus da leucemia felina (FeLV) e/ou imunodeficiência dos felinos (FIV) debilita a função do sistema imunológico, causando imunossupressão e consequentemente aumento nos índices de morbidade e mortalidade. Neste trabalho foram avaliados dois abrigos: 1o gatil do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da cidade de São Paulo/SP (106 felinos) e 2ogatil particular não comercial localizado na cidade de Osasco/SP (31 animais). A idade de todos os gatos foi estimada entre dois meses e cinco anos, no 1o grupo, 61,11% dos animais encontravam-se abaixo de um ano e para o 2º grupo, 16%. O número de machos do 1o grupo foi de 42,59% e do 2o foi 52%, enquanto que o de fêmeas para o 1o grupo foi de 57,41% e para o 2º, de 48%. Todos os gatos sem raça definida. A detecção de FHV-1, como de C. felis e de três genes do plasmídeo críptico foram realizadas por PCR em amostras de mucosa oral e de conjuntiva ocular de ambos os olhos obtidas com swabs de algodão, secos e estéreis. Amostras de sangue foram coletadas para a detecção do FIV e FeLV por meio de teste imunoenzimático. O sintomas clínicos dos animais foram classificados de 1 a 4, sendo 4 atribuído àqueles que apresentavam pior sintomatologia. A ocorrência de FIV e FeLV no 1o gatil foi de 4,63% e 3,70%, respectivamente, enquanto que no 2o gatil foi de 0% e 6,45%. FHV-1 foi observado em 61,11% dos gatos no 1o gatil e 90,32% no 2o gatil. No 1o gatil, 7,41% das amostras apresentavam C. felis, enquanto que no 2o gatil, 58,06%. Dentre as amostras positivas para C. felis, os genes do plasmídeo críptico foram detectados; no 1° gatil o gene 1 estava presente em 62,50% das amostras, o gene 2 e 3 em 75%, para o 2o gatil obteve-se 61,11% de positividade para os genes 1 e 2 e 55,56% para o gene 3. A sintomatologia clínica foi observada em 54,63% dos gatos do 1o gatil e em 100% daqueles do 2o gatil. No 1ogatil a sintomatologia 1 foi observada em 59,32% dos gatos, a 2 em 22,03%, a 3 em 11,86% e a 4 em 6,78%; no 2o gatil, obteve-se 16,13% para 1, 25,81% para 2, 38,71% para 3 e 19,35% para a intensidade de sintoma 4. Os óbitos relatados no período do estudo foram de animais classificados com sintomas 3 ou 4 e positivos para C. felis e para o plasmídeo críptico. No presente trabalho foi observada uma elevada ocorrência de C. felis e de seu plasmídeo críptico diferentemente do que se encontra descrito na literatura, apesar da baixa ocorrência de FIV e FeLV nos dois gatis.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
GonsalesF.; HoraA. da; BrandãoP.; BenitesN. Ocorrência da chlamydophila felis, plasmídeo críptico, FHV-1, FIV, FELV em gatis. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 3, p. 64-65, 11.
Seção
RESUMOS CONBRAVET