Ruptura de traqueia traumática em cão – relato de caso

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L. M. Leal
T. B. Lima
N. H. P. S. Dal Pietro
L. M. Diogo
A. B. De Nardi
B. W. Minto

Resumo

Casos de ruptura traqueal são raros, no entanto representam potencial risco de vida aos pequenos animais, sendo considerados casos emergenciais. A eficiência na detecção precoce dos sinais clínicos e estabilização do paciente com uso de técnicas terapêuticas adequadas são de fundamental importância para a sobrevida do animal. Relato de Caso: Um cão foi apresentado com enfi sema subcutâneo por todo o corpo; com histórico de briga com outro cão há 4 dias, todavia não havia escoriações no corpo do paciente. Clinicamente apresentava-se com taquipneia e leve cianose; no exame radiográfico visibilizou-se enfi sema subcutâneo e pneumotórax leve. Diante dos achados clínicos e radiográficos, encaminhou-se o paciente para a cirurgia exploratória da região traqueal cervical. No ato cirúrgico para identificar a lesão, cobriu-se a traqueia com solução fisiológica e com ventilação forçada notou-se presença de bolhas de ar saindo pelo orifício traqueal traumático. Realizou-se a sutura traqueal com pontos simples interrompidos com fio de náilon 2-0, envolvendo os anéis traqueais adjacentes a lesão; testou-se novamente a presença de bolhas, tendo este teste negativo. A musculatura e o tecido subcutâneo foi aproximado com poliglecaprone 3-0 e a pele suturada com náilon 4-0. Resultados e Discussão: O enfi sema subcutâneo e a taquipneia foram diminuindo progressivamente após o procedimento cirúrgico e, com 10 dias de pósoperatório, o paciente estava sem qualquer alteração clinica. As lesões dos tecidos adjacentes auxiliam na identificação da lesão traqueal, especialmente as feridas e hematomas cutâneos, todavia neste caso, a exploração da região traqueal foi necessária, pois o paciente não apresentava qualquer escoriação na pele ou tecido ao redor. A imersão da traqueia em solução fisiológica no ato cirúrgico para identificar o orifício foi fundamental, uma vez que a simples observação não permitiu a localização do trauma. Embora orifícios traqueais pequenos possam se resolver sem a necessidade de tratamento cirúrgico, o paciente neste relato foi encaminhado à cirurgia, pois apresentava evolução negativa desde o dia do trauma, visibilizado pela taquipneia progressiva. Conclusão: Conclui-se neste caso que a ruptura traqueal traumática em cão pode ser tratada com sutura traqueal simples com excelentes resultados.

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Como Citar
LealL. M.; LimaT. B.; Dal PietroN. H. P. S.; DiogoL. M.; De NardiA. B.; MintoB. W. Ruptura de traqueia traumática em cão – relato de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 2, p. 76-77, 11.
Seção
RESUMOS CONPAVET