Pielonefrite e hepatite enfisematosa em uma cadela– avaliação ultrassonográfica

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

V. R. Babicsak
L. R. Inamassu
M. J. Mamprim
L. C. Vulcano

Resumo

Poucos relatos reportam o diagnóstico de doenças enfi sematosas em animais; dessa forma, o objetivo deste estudo é descrever os aspectos ultrassonográficos de pielonefrite e hepatite enfi sematosas em uma cadela. Método/Relato de caso: Uma cadela, sem raça definida, de 16 anos de idade, apresentando anorexia, prostração e leucocitose foi encaminhada àultrassonografia abdominal. Resultados e discussão: No exame, foi verificado que o parênquima hepático e o córtex renal apresentavam áreas focais hiperecogênicas dispersas pelo parênquima, formadoras de reverberação e sombra acústica, que não exibiam coloração em mosaico ao Doppler colorido, indicando um processo enfi sematoso nesses órgãos. Doenças enfi sematosas são raras afecções decorrentes geralmente de infecções por bactérias produtoras de gás, que podem ser disseminadas por via local ou hematógena, como possivelmente ocorrido no presente caso, uma vez que tanto o fígado como o rim foram acometidos. O diagnóstico dessa doença pode ser realizado através do exame radiográfico, ultrassonográfico e tomográfico, sendo que este último é considerado o mais sensível e específico. Na ultrassonografia, diversos ecos focais formadores de artefatos, como reverberação e sombra acústica, são visibilizados no parênquima dos órgãos. A utilização do recurso Doppler colorido pode auxiliar na diferenciação entre gás emineralizações, que por apresentarem aspecto ultrassonográfico similar, são considerados diagnósticos diferenciais. Nos casos de mineralizações, estes apresentam uma coloração em mosaico ao Doppler colorido, fato que não ocorre nas coleções gasosas. Essa distinção é de extrema importância, principalmente em casos em que exames radiográficos e tomográficos não foram realizados ou quando alterações não foram evidenciadas na radiografia devido às pequenas dimensões das lesões, como no presente relato. Conclusão: Apesar da tomografia ser o método de escolha no diagnóstico dessa doença, a ultrassonografia permite a visibilização e a diferenciação de coleções gasosas, sem a necessidade de submeter o animal à anestesia, muitas vezes, contraindicada devido ao quadro crítico do animal.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
BabicsakV. R.; InamassuL. R.; MamprimM. J.; VulcanoL. C. Pielonefrite e hepatite enfisematosa em uma cadela– avaliação ultrassonográfica. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 2, p. 75-75, 11.
Seção
RESUMOS CONPAVET