Castração precoce

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Taiani Torquato Diógenes
Lívia Oliveira Vidal
Amanda Luiza Oliveira do Nascimento
Letícia Lucindo Queiroz
Adriana Wanderley de Pinho Pessoa

Resumo

A esterilização é uma das medidas de controle populacional mais utilizadas e se constitui numa das ferramentas para a prevenção do abandono. No Brasil, a esterilização é mais comumente realizada após o sexto mês de vida do animal. Apesar disso, estudos comprovam que a castração pode ser feita a partir da sexta semana de idade do animal. Designada de castração pediátrica, esse tipo de procedimento não se diferencia muito da convencional, porém gera controvérsias entre os médicos veterinários, devido ao pouco conhecimento sobre dados científicos que justifiquem essa prática, sobre efeitos benéficos ou maléficos, sobre o adequado protocolo anestésico para paciente pediátrico e sobre a técnica cirúrgica. A escolha da castração pediátrica como tema deste trabalho é proveniente de uma reflexão pautada no bem-estar animal e no fato de ser mais uma ferramenta na prevenção do abandono. O objetivo principal foi o de demonstrar os benefícios da castração pediátrica, seus resultados e aplicabilidade, bem como uma conclusão sobre o seu estudo. A metodologia teve como base a revisão literária de artigos e periódicos acerca do tema, além de conversas e discussões com profissionais, médicos veterinários. No geral, os procedimentos cirúrgicos de esterilização podem apresentar complicações cirúrgicas, pós – cirúrgicas e anestésicas. Assim, a castração pediátrica apresenta perigos, tais como infecção e choque anafilático, porém não há nenhuma evidência científica que sejam de maior risco, quando comparadas as castrações feitas em animais com mais de seis meses de vida. Além disso, existe uma relação direta entre a recuperação do paciente e os cuidados dispensados pelo proprietário no pós-cirúrgico. De forma geral, a esterilização precoce contribui para a prevenção do abandono, uma vez que os filhotes castrados, ao encontrarem um novo lar durante os eventos de adoção, não dependerão da vontade do tutor para castrar os animais após o primeiro cio, além de reduzir os riscos de atropelamentos, maus tratos e de transmissão de doenças, por modificar o comportamento sexual desses animais. A aplicabilidade desse método é ampla, sendo direcionada, principalmente, às atividades que são contempladas pela medicina do coletivo. A busca por saúde dos animais e boa convivência desses com os seres humanos nos faz refletir acerca da importância da castração, que visa ambos os objetivos.

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Como Citar
DiógenesT. T.; VidalL. O.; do NascimentoA. L. O.; QueirozL. L.; PessoaA. W. de P. Castração precoce. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 2, p. 84-84, 10 nov. 2015.
Seção
V CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO COLETIVO