Estudo retrospectivo da ocorrência de cardiopatias congênitas diagnosticadas em cães

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

R. M. Umbelino
M. H. M. A. Larsson

Resumo

As doenças cardíacas congênitas (DCCs) são a causa principal de morbidade e mortalidade cardíaca em animais jovens. Idade, sexo e raça devem ser considerados quando da avaliação de animais com DCCs. O conhecimento da prevalência das afecções cardíacas em cães é de fundamental importância para o clínico de pequenos animais, auxiliando na formulação de diagnósticos diferenciais e no estabelecimento de um plano terapêutico adequado. Como a ocorrência de cardiopatias congênitas é variável de acordo com o país torna-se necessário o conhecimento da casuística nacional desta patologia. O presente trabalho efetuou uma análise da ocorrência das DCCs atendidas pelo Serviço de Cardiologia do Departamento de Clínica Médica/HOVET-USP, considerando as variáveis raça, sexo e idade. O estudo retrospectivo foi realizado consultando-se as fichas de atendimento diário do Serviço de Cardiologia do Departamento de Clínica Médica/HOVET-USP, com a finalidade de resgatar os prontuários dos animais diagnosticados com DCCs no período de 2006 a 2013. Os dados foram tabulados e as frequências calculadas, para permitir a realização de uma estatística descritiva das DCCs mais frequentes em cães. Durante o período de estudo, 78 animais tiveram diagnóstico confirmado de cardiopatia congênita por meio do exame ecodopplercardiográfico. Desses, 73 animais (93,58%) apresentavam padrão racial definido e apenas cinco animais (6,42%) não tinham padrão racial definido. Considerando os 78 animais em estudo, com e sem definição racial, 50 animais (64,1%) eram fêmeas e 28 animais (35,69%) machos. Com relação ao padrão racial, foi observado que a raça Pastor Alemão foi a mais acometida (14,10%), seguida por Poodle (11,53%) e Yorkshire (10,25%). Neste estudo, 85 diagnósticos foram constatados. Dentre todas as doenças, a persistência do ducto arterioso (PDA) foi a mais frequente (47,05%), seguida da estenose subaórtica (ES) (15,29%), estenose pulmonar (EP) (10,58%) e estenose aórtica (EA) (8,43%). As DCCs foram mais frequentes em animais com menos de 12 meses (44,87%). Entretanto, também houve casos em animais de faixa etária mais avançada, o mais idoso tinha 13 anos. As DCC são mais frequentemente diagnosticadas em animais com padrão racial definido. As raças mais acometidas foram Pastor Alemão, Poodle e Yorkshire. Dentre todas as DCCs, a PDA foi a mais comum. As fêmeas foram as mais acometidas. As anomalias congênitas predominaram em animais com menos de 12 meses de idade.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
UmbelinoR. M.; LarssonM. H. M. A. Estudo retrospectivo da ocorrência de cardiopatias congênitas diagnosticadas em cães. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 1, p. 67-67, 28 abr. 2015.
Seção
SEMANA CIENTÍFICA PROF. DR. BENJAMIN EURICO MALUCELLI