Agenesia bilateral de ulna em felino: relato de caso

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Janalia Azevedo Faria
Nilza Dutra Alves
Francisco Marlon Carneiro Feijó
Sthenia Santos Albano Amora
Ana Helena Lima de Souza2
Rodrigo Alboim de Paiva Fernandes Rodrigues

Resumo

É relatado um caso de agenesia bilateral de ulna em um gato, sem raça definida, macho, de dois meses de idade atendido na Policlínica veterinária de Fortaleza/CE. O animal se apresentou com uma visível deformidade bilateral do membro torácico e a queixa principal foi dificuldade de locomoção e postura anormal. O paciente passou por um exame clínico e em seguida foi realizado um RX sendo detectada a confirmação da ausência de ulna. A ulna é constituída de corpo, que é alongado e está fundido ao corpo do rádio, exceto nos espaços interósseos. A extremidade distal da ulna também está aderida ao rádio e termina formando o processo estiloide da ulna. A ulna, juntamente com o rádio, faz parte do esqueleto do antebraço. Estes ossos são móveis um sobre o outro e completamente distintos. No cão e no gato, entram em contato apenas nas extremidades proximal e distal para permitir a realização dos movimentos de pronação e supinação. É rara a ausência total ou parcial do segmento ósseo distal dos membros, promovendo ao animal algumas limitações, uma vez que reduz a capacidade de movimentação, promove atrofia muscular e encurtamento dos membros, alterações posturais e de locomoção, sendo um quadro indolor. As alterações morfológicas congênitas, caracterizadas por desenvolvimento anormal de um osso ou parte dele são denominadas de disostoses. As causas que podem justificar este tipo de má formação são diversas, entre elas compressão gestacional intrauterina, manifestações teratogênicas provocadas por drogas, processos inflamatórios, desnutrição, exposição a radiações ionizantes, trauma sofrido pela gestante, vacinas, insulinoterapia e deficiência vascular embrionária. Para a recuperação do animal, foi instruído que ficasse em locais acolchoados até que se habituasse a nova condição. O animal foi reavaliado e apresentava boa qualidade de vida com apoio frequente do rádio, optando-se dessa forma por continuar o tratamento conservativo. A agenesia bilateral de ulna observada no felino deste relato respondeu bem ao tratamento conservativo, com o animal apresentando boa qualidade de vida.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
FariaJ. A.; AlvesN. D.; FeijóF. M. C.; AmoraS. S. A.; de Souza2A. H. L.; RodriguesR. A. de P. F. Agenesia bilateral de ulna em felino: relato de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 3, p. 80-80, 11.
Seção
RESUMOS CONBRAVET